Grupos de Pesquisas das Escolas do Futuro levam Goiás para o mundo

Grupos de Pesquisas das Escolas do Futuro levam Goiás para o mundo

Coordenador do grupo Lab Cultura apresenta resultados de pesquisa na Argentina 

O professor e coordenador do Grupo de Pesquisa em Inovação (GPI) Lab Cultura, da Escola do Futuro de Goiás (EFG) Luiz Rassi, Pablo Lopes participou de 11 a 15/03, do VII Congresso de Antropologia da América Latina, realizado de 11 a 15/03, em Rosário, na Argentina.

No simpósio temático “Antropologias das Políticas Culturais da América Latina”, o professor representou Goiás expondo o trabalho intitulado Puntos de Cultura em Goiás: La Invención de la Política Cultural. A investigação sobre a invenção e o surgimento das Redes de Pontos de Cultura tem como objetivo sistematizar a implementação no Estado de Goiás, a partir dos arquivos disponíveis em sistemas públicos de tramitação de processos. 

Para o professor e pesquisador, participar do congresso “é oportunidade de mais uma vez expor o modelo de pedagogia inovadora que as Escolas do Futuro têm para o mundo”. Pablo Lopes explica que a participação na conferência internacional amplia as possibilidades e estabelece redes e conexões com outros países. “É a escola sendo divulgada neste contexto. Eles ficaram encantados com a forma como a escola é organizada e gerida pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT-UFG). Os espaços de coworking, os entendimentos sobre economia do futuro e a formação para esses vínculos da inovação, da economia criativa e dos saberes”, completa.

De acordo com Lopes, as escolas, ao mobilizar seus docentes para que também atuem como investigadores por meio dos grupos de pesquisa, demonstram compromisso com o futuro e com a produção de conhecimento. “Nesse sentido, o modelo de Economia do Conhecimento atravessa o campo artístico cultural, e a Economia da Cultura movimenta não apenas recursos financeiros, mas, também, tecnologias sociais, trocas em rede e sentidos de pertencimento”.

Sobre o trabalho 

A pesquisa sobre construção histórica das políticas culturais no Brasil guarda influência de um sistema colonial que se baseia em 'levar cultura' para quem não a possui. Essa visão do estado salvador que, em vez de assegurar o direito à criação, está ligada à dinâmica da obrigação, impôs durante muito tempo estéticas diferentes das práticas culturais comunitárias.

As primeiras experiências de um programa cultural que tem no comunitário e no ancestral a origem da autoexpressão, os Pontos de Cultura não apareceram como um dispositivo do estado nacional, mas como selos de práticas culturais comunitárias que já existiam.

Assim, a Cultura Viva Comunitária torna-se uma categoria fundamental para o pensamento fronteiriço e o estabelecimento do conceito de Ponto de Cultura na relação entre estado e comunidade. A estrutura colonial é reelaborada, em vez de 'levar' cultura, surge 'criar' cultura. Parece propor a legitimação de estéticas e políticas diferentes das do projeto europeu.

Dessa forma, a pesquisa investiga os Pontos de Cultura do Estado de Goiás como ações fundamentais para a garantia dos direitos culturais as pessoas que vivem em comunidades e distantes dos centros. Por Pontos de Cultura entende-se como grupos, coletivos e entidades de natureza ou finalidade cultural que desenvolvem e articulam atividades culturais em suas comunidades, reconhecidos, certificados ou fomentados pelo Ministério da Cultura por meio dos instrumentos da Política Nacional de Cultura Viva.

 

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