Notícias do CETT/UFG
Número de matrículas na educação profissional cresce 12,1% no Brasil
Censo Escolar 2023 revela que a modalidade teve o maior crescimento na educação básica, chegando a 2,4 milhões de matrículas
Os dados levantados pelo Censo Escolar 2023 foram divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), e mostram que a educação profissional e tecnológica (EPT) foi a modalidade de ensino que mais cresceu na educação básica no último ano no Brasil.
Entre 2022 e 2023, as matrículas na EPT passaram de 2,1 milhões para 2,4 milhões, significando um aumento de 12,1%. Esse crescimento torna-se uma destacável descoberta do Censo, uma vez que aponta a modalidade educacional em maior expansão dentro da educação básica.
O ensino médio subsequente, realizado por estudantes que já concluíram o ensino médio, concentra a maior parte dos alunos (44,7%), com mais de 1 milhão de matrículas entre 2022 e 2023.
Todos os tipos de oferta da educação profissional tiveram aumento no número de matrículas em relação a 2022, menos a Educação de Jovens e Adultos (EJA) no ensino médio, que teve uma pequena queda. Os cursos de Formação Inicial e Continuada (FIC) ou de Qualificação Profissional foram os que mais cresceram, com aumento de 71,9% no último ano.
Dentre os cinco maiores estados brasileiros com números absolutos da evolução da oferta de EPT (vagas disponibilizadas), Piauí ocupa a primeira posição com 22.758, seguido pelos estados do Rio Grande do Sul (18.969), Minas Gerais (14.006), Paraná (12.462) e Amazonas (8.424).
De acordo com o MEC, o governo tem atuado de forma a fortalecer essa modalidade educacional em todo o país e, exemplos de ações nesse sentido, tem-se com o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), e a implementação da Política Nacional de Educação Profissional e Tecnológica (PNEPT), amparada na Lei 14.645/23 que estabelece prazo de dois anos para constituir a política.
EPT na rede pública de ensino em Goiás
Em Goiás, destacam-se duas políticas públicas estaduais voltadas para a Educação Profissional e Tecnológica (EPT): as Escolas do Futuro de Goiás (EFGs) e Colégios Tecnológicos de Goiás (Cotecs), unidades de ensino que têm proporcionado novos horizontes aos trabalhadores, aos jovens que buscam o primeiro emprego, bem como àquelas pessoas que querem ter o próprio empreendimento.
Gerenciadas pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (CETT-UFG), por meio de um convênio com o Governo de Goiás, os Colégios Tecnológicos e as Escolas do Futuro têm garantido educação gratuita de qualidade, proporcionando a formação para o mundo do trabalho e para os desafios do mundo contemporâneo. Assim, se articulam numa rede que tem democratizado o acesso à profissionalização, contribuindo para a construção de um mundo menos desigual.
Os Cotecs têm 17 unidades, distribuídas estrategicamente em 16 municípios do estado, sendo uma na capital, com oferta de cerca de 800 cursos de curta, média e longa duração. Os colégios oferecem cursos gratuitos nas modalidades EaD, presencial e online. As formações técnicas são conduzidas por eixos tecnológicos que abrangem Gestão de Negócios; Turismo, Hospitalidade e Lazer; Segurança; Infraestrutura; Saúde e Ambiente; Informação e Comunicação; Produção Industrial; Produção Cultural e Design; Recursos Naturais e Desenvolvimento Educacional e Social.
As Escolas do Futuro contam com seis unidades, sendo duas na capital e as demais no interior do Estado, ofertando educação profissionalizante e técnico de nível médio, no sistema online, presencial e a distância (EaD), em três eixos tecnológicos: Produção Cultural e Design, Informação e Comunicação, e, Gestão e Negócios. Há a oferta de cursos técnicos como Gestão de Mídias Sociais, Marketing e Mídias Sociais, Produção de Games, Gestão Financeira, Assistente de Marketing, Planejamento e Criação de Novos Negócios, Pilotagem de Drone, Técnicas de Vendas, Programação de Computadores, Inglês Instrumental, Impressão de Peças 3D, entre outros.
Além desses cursos, tem também a formação em artes, proporcionada pela Escola do Futuro Basileu França por meio de mais de 200 cursos nas áreas de Arte-Educação, Artes Visuais, Circo, Dança, Música e Teatro. O saber artístico também é ensinado pelos 12 Núcleos de Promoção e Desenvolvimento Artístico do Estado de Goiás (NARTs), que são coordenados pelas EFGs e oferecem aulas de instrumentos musicais. É preciso destacar que os NARTs estão sediados em cidades diferentes dos municípios onde se encontram as Escolas do Futuro, o que permite beneficiar uma parcela maior da população.
Com o propósito de transformar vidas por meio da educação profissionalizante, a rede formada pelos Colégios Tecnológicos e Escolas do Futuro, sob domínio do governo estadual e gerenciada pelo CETT-UFG, contabilizou 120 mil matrículas no ano passado. Segundo pesquisa realizada pela Equipe de Desenvolvimento e Avaliação do CETT-UFG com ex-alunos, os índices de credibilidade nas duas instituições de ensino são superiores aos 95% e 80%, respectivamente. A mesma pesquisa mostra alta empregabilidade e aumento de renda entre os estudantes: mais de 80% dos egressos mudaram suas vidas e conquistaram uma colocação no mercado de trabalho, seja como empregado ou como microempreendedor.
As Escolas do Futuro são unidades pertencentes à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Informação (Secti) e os Colégios Tecnológicos de Goiás são unidades pertencentes à Secretaria de Estado da Retomada (SER), ambos geridos pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT-UFG).