Incubadoras demonstram sua importância para a geração de empreendimentos inovadores

Incubadoras demonstram sua importância para a geração de empreendimentos inovadores

Movimento que nasceu no Brasil no final da década de 1980, a incubação vem, desde então, crescendo de forma ascendente. Dados da Associação Nacional de Entidades de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec) indicavam que, em 1994, havia somente 19 incubadoras no país. Nove anos depois (2003), o número subiu para 207 e, no último estudo divulgado (2019), a associação em parceria com o atual Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) apurou a existência de 363 incubadoras brasileiras.

O expressivo crescimento das incubadoras mostra o potencial e a importância destes ambientes como suporte para novas ideias de negócios, como considera o gerente de Inovação e Tecnologia do Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia, instituição ligada à Universidade Federal de Goiás (CETT-UFG), Pedro Henrique Gonçalves: “elas são um mecanismo de apoio e impulso à vida de novos empreendimentos, e auxílio no processo de formação do universo de uma ideia inovadora com potencial de se tornar um negócio no mercado produtivo ou consumidor” , e acrescenta que estes aspectos envolvem a gestão de forma ampla. 

Prof. Dr. Pedro Henrique Gonçalves durante painel na Campus Party 2023
Prof. Dr. Pedro Henrique Gonçalves durante painel na Campus Party 2023

De forma geral, as incubadoras nasceram dentro de universidades ou estavam a elas ligadas, transformando a tecnologia e o conhecimento destas instituições em negócios, com a finalidade de levá-los ao mercado. “Mas, o processo de crescimento e amadurecimento fizeram, naturalmente, a vida das incubadoras mudar, adquirindo com o passar dos anos, linhas de gerações”, comenta Gonçalves ao detalhar a jornada, que primeiramente seria a cessão de espaço físico de boa qualidade e, posteriormente, passou-se a oferecer serviços de apoio, treinamentos e assessorias. Em seguida, o foco foi a atuação na criação e operação de redes para acesso a recursos e conhecimentos, e oferta de mentorias. “Hoje, já se fala na quarta geração das incubadoras, que voltam o pensamento de suporte e melhores serviços para o desenvolvimento das ideias/propostas incubadas, olhando para o impacto que esses empreendimentos podem ocasionar”. 

As incubadoras vieram para auxiliar micro e pequenas empresas em fase de nascimento ou que estejam em operação, que tenham como principal característica a oferta de produtos e serviços no mercado com significativo grau de inovação. “O incubado tem sua vida empresarial menos complicada, uma vez que a ele é mostrada a junção da gestão e tecnologia”, ressalta Gonçalves, ao complementar a significativa parcela de contribuição dispensada pela pré-incubação, durante as primeiras etapas.

Conforme Gonçalves, é na pré-incubação que o empreendedor inexperiente encontra uma ajuda maior nos primeiros passos, “para maturar as ideias, produtos e serviços”. Após este início, o processo segue com a etapa intermediária (a incubação), que pode levar alguns anos e inclui também os contatos iniciais com clientes e possíveis investidores. “Quando o produto ou serviço estão prontos, maduros, são levados ao mercado e, então, o empreendimento conquista independência”. 

Com este arcabouço de soluções, as pré-incubadoras e as incubadoras são suportes indispensáveis para quem deseja se tornar um empreendedor de sucesso e hábil para enfrentar o mercado. Todas as ofertas de serviços e acompanhamentos não apenas estimulam o empreendedorismo, mas concede oxigênio para uma longa vida do negócio.

 

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