Inovação, arte e cultura ampliam repertório na educação profissionalizante

A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) desempenha um papel crucial na preparação de indivíduos para os desafios do mercado de trabalho contemporâneo, onde a inovação é um diferencial competitivo e a busca ativa por solução de conflitos passa a ser inerente a atuação dos profissionais. Neste contexto, os ambientes de pesquisa e inovação emergem como espaços essenciais de mediação e intercâmbio de aprendizagens, fortalecendo a conexão entre teoria, prática e agência no mundo da vida.

Vale destacar que os ambientes de pesquisa proporcionam um ambiente propicio para a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. Os estudantes têm a oportunidade de se aprofundar em temáticas e buscar soluções de conflitos, por meio de projetos que resolvem problemas reais, desenvolvendo habilidades técnicas e cognitivas, enquanto contribuem para a inovação em diversas áreas.

Além disso, esses ambientes promovem a interdisciplinaridade, reunindo profissionais de diferentes áreas para colaborar em projetos comuns. Esse intercâmbio de ideias e experiências enriquece a formação dos estudantes, permitindo-lhes desenvolver uma visão holística dos desafios enfrentados no mundo profissional bem como coaduna com uma formação cidadã para estes.

Ao agregar atividades culturais e fomento às artes nesses ambientes, ampliam-se as possibilidades de formação criativa e humana. A inserção de disciplinas relacionadas às artes e à cultura na formação técnica proporciona uma abordagem mais holística e enriquecedora, estimulando a criatividade e a expressão individual dos estudantes.

Atividades artístico-culturais nas escolas promovem a diversidade e a inclusão, valorizando diferentes expressões de ser e estar no mundo. Os estudantes têm a oportunidade de explorar novas perspectivas e ampliar seus horizontes, enriquecendo sua formação e promovendo o respeito à pluralidade cultural.

Ainda, o fomento às artes nos ambientes de pesquisa e inovação estimula a experimentação. A arte não apenas inspira novas ideias e abordagens, mas também desafia os estudantes a pensar de forma criativa e “fora da caixa”, impulsionando a busca por soluções inovadoras para problemas coletivos, ampliando o repertório de vida e olhar estético-político no mundo codificado.

Essa integração também fortalece a relação entre a EPT e a comunidade, promovendo parcerias com instituições culturais e artistas locais. Os estudantes têm a oportunidade de se envolver em projetos com impacto social e cultural, contribuindo para o desenvolvimento da comunidade, enquanto aplicam seus conhecimentos e habilidades em contextos reais.

A relação entre EPT e ambientes de pesquisa e inovação também fomenta a autonomia e a emancipação. Contribui para a formação de profissionais pluriatuantes e resilientes, fugindo da limitação de serem especialistas em assuntos e, sim, polivalentes; investigadores. Eles aprendem a lidar com a incerteza e a complexidade inerentes ao processo de inovação, desenvolvendo pensamento crítico.

Por fim, a integração de políticas culturais e o fomento às artes na EPT em ambientes de pesquisa e inovação promove uma formação mais humanizada e integral. Os estudantes desenvolvem não apenas habilidades técnicas, mas também competências socioemocionais, essenciais para o sucesso pessoal e profissional.

 Pablo Lopes, gestor cultural, mestrando em Antropologia Social/UFG, professor na Escola do Futuro Luiz Rassi/Aparecida de Goiânia-GO 

 

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