Além do conhecimento técnico, a urgência e importância das Soft Skills

Os espaços compartilhados de trabalho atualmente, são progressivamente frequentados pela diversidade de pessoas, cultura, valores, princípios, gerações, localidades de origem, fazendo com que as formas de ver a vida sejam diferentes na mesma medida, tornando-se mais complexas as interações.

O reconhecimento da individualidade e das especificidades associado a uma visão sistêmica, traz como resultado, uma comunicação eficiente, respeitosa como resultado, o manejo de conflitos de maneira adequada, juntamente com esforço pessoal voltado ao autoconhecimento, contribui de maneira absoluta para a melhor fluidez das atividades laborais.

A construção desta dinâmica, exige o desenvolvimento de competências para além daquelas exigidas no momento da admissão, já não é suficiente o domínio das competências técnicas inerentes ao cargo que a pessoa vai ocupar; nesse contexto é que surge o conceito de Soft Skill. 

Soft Skill são um conjunto de competências sociais, emocionais e comportamentais que promovem maior segurança para que as pessoas lidem de maneira apropriada e menos desgastante com suas próprias emoções e com as emoções dos outros. Elas servem para melhorar o manejo de nossos relacionamentos interpessoais. São habilidades cada vez mais exigidas no universo do trabalho na atualidade.

São espécies de soft skills: a prática da alteridade, da tolerância, adaptabilidade, resistência a frustrações, criatividade, inovação, negociação, gestão de tempo, iniciativa, liderança, gestão de conflitos, e principalmente, autoconhecimento. E é possível através de formações, ações de capacitações, o desenvolvimento dessas habilidades socioemocionais. Identificar o que sentimos, lidar com as nossas próprias emoções e a do outro, pode contribuir para um ambiente de trabalho produtivo e saudável. Todavia, para isso, torna-se urgente a humanização das relações, nos apresentarmos como seres carregados de vulnerabilidades, e reconhecer que estamos envoltos por razão, mas também emoções. 

Por um lado, é preciso ter coragem para se mostrar humano, e por outro é preciso respeito para construir um ambiente de trabalho com segurança psicológica e aberto para acolher.

Rogéria Francisca Silva, Mestranda do Programa Interdisciplinar em Direito Humanos/UFG. 

 

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