Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo

Não é de hoje que o ser humano busca uma maior compreensão de si mesmo e do universo. A máxima citada acima: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”, atribuída ao Filósofo Sócrates, data de (479-399 a.C.) e traz o que deveria ser óbvio, que é o autoconhecimento, no entanto, ainda é um grande desafio a ser vencido.

Paradoxalmente, nós “moramos” em nós, mas não nos conhecemos, ou pensamos que nos conhecemos, quando na verdade, somos inquilinos de nossa existência, nos imaginamos de uma forma, mas nossas ações vão na contramão daquilo que imaginamos ou idealizamos, e, nem sempre, há coerência entre nossos pensamentos e atitudes, e, muitas vezes, sentimos que não temos as rédeas de nossas vidas.

Carl Gustav Jung, criador da Psicologia Analítica, já dizia "Até que você torne o inconsciente em consciente, aquele irá direcionar a sua vida e você irá chamá-lo de destino." Para Jung, nossa psique é formada tanto pelo inconsciente pessoal, que são os elementos captados pelos nossos sentidos, sentimentos reprimidos e complexos, quanto pelo inconsciente coletivo, que são os conteúdos e experiências vivenciadas ao longo pela humanidade, sendo assim, herdados universalmente.

Tomar consciência desses processos não é algo fácil, pode ser muito doloroso e requer ajuda profissional qualificada. A Psicoterapia se torna uma grande aliada nesse processo, através de um ambiente acolhedor e ético, visa dentre outros, o autoconhecimento através da tomada de consciência, alívio do sofrimento e melhora na qualidade de vida das pessoas.

Através do autoconhecimento podemos acessar nossa essência e tomar consciência do porquê de pensarmos como pensamos, de sentirmos como sentimos e de agirmos como agimos. E assim, mudar padrões e transformar crenças, conhecer nossos pontos fortes e nossas fragilidades integrando-os em nosso ser, para que assim, possamos tomar as rédeas de nossas vidas e sermos os autores de nossa História.

Por conseguinte, podemos confirmar a célebre máxima de Sócrates acima citada.

Margareth Mary N. Pupak 
Psicóloga Clínica